Jaime Melo Maciel Júnior, ou Jaloo, a personificação da quentura Paraense, misturou Castanhal com São Paulo e trouxe um álbum que confronta a si mesmo com gosto de cachaça de jambu.

Em seu primeiro álbum de estúdio, o artista consegue transitar entre vários gêneros como o Bubblegum Pop, Synthpop, música folclórica e Technobrega deixando claro ser uma pessoa fluida e orgulhosa de suas origens enquanto embrenhado dentro da cultura underground das grandes metrópoles, se tornando uma parte dessa nova onda de artistas do Norte/Nordeste que nos enriquecem trazendo sua cultura junto consigo e as colocando com amor dentro de seus projetos como Duda Beat, Baiana System, Baco Exu do Blues, Xênia França e outros.

O cantor, DJ, produtor e ator brasileiro resolveu criar um personagem paradoxal, que representa o folclórico e ao mesmo tempo distópico e futurista, e transporta isso para suas músicas, onde confronta a força da música eletrônica com a serenidade de suas letras, verbalizam seu orgulho de ser Paraense.

Investindo também em sua identidade visual, Jaloo adotou tanto nos shows quanto em seus clipes um visual que evocava a verdadeira brasilidade, mas com aquele twist que o fazia parecer ter saído direto de um sonho da Bjork.

Além de se destacar em frente ao microfone, se destaca atrás dele. Foi lá que ele conseguiu começar a se mostrar presente para o mundo. Com seu talento e irreverência, já fez até mashup de Grimes e Mc Carol e também já produziu músicas para artistas promissoras como MC Tha e lendas como Deize Tigrona.

Jaloo está perto de lançar um novo álbum, supostamente ainda em 2019. Falta pouco para sabermos o que nos espera há 4 anos, desde que ele lançou seu último álbum.

por Thiago Santos